domingo, 29 de março de 2015

Hardcore Devel #10

E estamos de volta com mais um Hardcore Devel. Hoje estaremos dando continuidade a instalação do Linux em uma máquina virtual que começou no post anterior.

Começamos com a instalação da VirtualBox. Que eu suponho que tenha sido um sucesso. Caso contrário, deixe um comentário com as duvidas. Logo em seguida, criamos uma máquina virtual que eu suponho que também tenha sido um sucesso e peço que vocês me mandem comentários também se houver alguma dúvida.

Voltando ao que nós estavamos, a sua máquina virtual com um cd deve estar parecendo com isso aqui:


Essa é a parte de configuração da máquina virtual. Você deve ter passado por isso se você seguiu o texto anterior. Não saia daqui ainda, certifique-se de entrar na seção de monitor e aumentar a memória de vídeo pra 32MB. Isso é importante para você poder fazer uma instalação mais intuitiva.

Agora ta na hora de você dar um start e ver como é a cara de uma instalação do Debian! Parece com isso aqui ó:


Quando você for instalar numa máquina física você obviamente não vai ter a janelinha do windows em volta, mas vai ver algo parecido com isso, dependendo da versão do Linux que você usar. Nesse menu, você deve selecinar a segunda opção onde se lê "Graphical Install". Depois de sacar um pouco mais de Linux é recomendável até que você o reinstale pela opções avançadas, mas não é o nosso escopo aqui.

A instalação gráfica tem essa cara aqui:


Se não tiver, você provavelmente esqueceu de aumentar a memória de vídeo da máquina e caiu na instalação padrão que só usa o teclado. Feche a máquina e mande-a desligar. Não se preocupe, o seu Windows não será desligado.

Observe que a primeira coisa que ele faz é te perguntar a linguagem com a qual você quer trabalhar, e adivinhe só, tem português do Brasil! Ele vai até pedir uma confirmação se é Brasileiro mesmo. E logo em seguida vai perguntar qual é o teclado que você está usando:


Isso aqui já causa um espanto, mas não é nenhum bicho de sete cabeças. A informação básica é: Se seu teclado tem cedilha, você seleciona "Português Brasileiro". O meu que não tem cedilha tem que usar um teclado Estado Unidense, que curiosamente vai estar na primeira opção apesar de Inglês começar com "i" e ele ordenar tudo por ordem alfabética.

Aí ele começa a pensar um pouco:


E aí começa a configuração de rede, a primeira coisa que ele vai pedir é o nome da máquina. Aqui você pode digitar basicamente qualquer coisa. Isso só seria útil no mundo físico pra indicar o nome da máquina, e mesmo assim não seria útil o suficiente porque você teria que ligá-la pra saber qual é o nome dela. Então, sério, coloque o que você achar melhor aqui pra nome de máquina. Eu coloquei "Tata-Cabrita" porque ele tem uma chatice que só pode usar letras, números, e hifen, daí ficou:


Aqui vem o nome de domínio que só é útil se você estiver trabalhando em rede. Você pode até fazer uma rede de máquinas virtuais, mas você vai ficar totalmente sem memória RAM. Então não se preocupe e coloque qualquer nome de domínio.

E em seguida vem uma coisa MUITO importante. Que é a definição de senha do root. Pra você ter uma noção da importância eu vou definir grosseiramente o que é o root.

O root é o manda-chuva, o cara que manda no sistema todo e faz o que quiser, resumindo, você.

O root é o usuário que tem permissão pra fazer o que quiser dentro do sistema. Então técnicamente é uma forma muito poderosa, e como todos nós já sabemos, "Grandes poderes trazem grandes responsabilidades." pois um acesso como root mal intencionado e seu sistema está totalmente comprometido.

Então, defina uma senha que você consiga lembrar, e que seja bastante complicada para os outros de descobrirem. Defina até uma frase inteira de senha, até porque mais caracteres tornam a senha mais difícil de ser encontrada.

Mas como é uma máquina virtual da onde você não deve acessar o seu banco, então pode por qualquer senha.

E agora é a vez de criar um usuário padrão com menos permissões, mas ainda assim capaz de usar o sistema. Dê o nome completo do usuário(Não importante), e depois o username. Observe atentamente as duas telas a seguir:



Repare que a primeira tem "Nome completo para o novo usuário" e na segunda tem "Nome de usuário para a sua conta". O nome completo serve para identificar o usuário físico. O nome de usuário serve pra você entrar no sistema.

Logo em seguida defina a senha para esse usuário na próxima tela. Lembrar ajuda, mas nesse caso não é tão necessário assim.

Agora, defina o horário da sua máquina simplesmente dizendo em qual estado você mora. Como eu falei que estou usando o idioma brasileiro, ele me dá apenas os estados brasileiros como opção. Isso pode ser mudado mais tarde, mas aqui na instalação, você vai ter que escolher um deles.

E então vai ser a hora de particionar o disco. Você ja deve ter ouvido falar dessa brincadeira de particionar disco, não já? Pois é, aqui no Linux isso também acontece. O ideal é que o particionamento seja feito manualmente, mas para o nosso caso, um particionamento assistido é o suficiente.


Ele vai perguntar qual tipo de assistência você quer, e até te perguntar de novo se você não quer fazer a coisa no braço, mas você pode optar por simplesmente usar o disco inteiro.


Ele vai perguntar qual disco você quer usar pra particionar e instalar o Linux então você só vai ver um item na lista:


E agora vem uma pergunta que é mais complicada. Como você vai organizar os arquivos? Bom, vou falar um pouco pra vocês sobre particionamento pra mostrar porque ele oferece essas opções:


O HD(Disco Rígido), é justamente um disco, e você pode organizar a informação nele dividindo ele em seções. Isso é muito útil para os administradores de sistemas pois isso influência na velocidade do seu computador. Então, apesar de ter uma opção para iniciantes, pegue a ultima onde ele separa uma porcão de coisa. Você vai ver alguma coisa assim:


O que acontece é que ele deve criar seis seções diferentes no disco rígido, em ordem:
  1. Partição principal pra fazer as coisas funcionarem.
  2. Dedicada a arquivos executáveis compartilhados pelos usuários
  3. Dedicada a arquivos que crescem de tamanho indefinidamente como registros
  4. Swap. Área de memória auxiliar. Extremamente importante
  5. Arquivos temporários
  6. Arquivos pessoais dos usuários
E quando você iniciar o sistema, ele já vai colocar as partições em uso transparentemente para você, diferente do Windows, onde você claramente consegue achar as duas partições diferentes do disco no "Meu Computador".

Isso não é uma regra geral. Você pode colocar executáveis em outras partições sem problemas. Isso é só uma organização puramente subjetiva, mas padronizada através de muitos anos. Faz bastante bem você se acostumar com esse padrão pois até os MacBooks o utilizam.

Agora finalize essa joça e vamos para a próxima etapa. Ele vai pedir a confirmação, e você pode dizer que sim, sem medo de ser feliz!

E agora ele começa a brincadeira de verdade que é a instalação do sistema básico. Ele está instalando um Linux na sua máquina virtual! Sério mesmo!


Agora configure o gerenciador de pacotes. Comece dizendo de qual país você quer obter pacotes do Debian da internet. E depois ele vai pedir pra você escolher um servidor. Isso é bom por questões geográficas, escolha um servidor que está mais próximo de onde você está para agilizar a instalação de pacotes utilizando o APT. Você pode escolher qualquer servidor de qualquer país, mas na terceira tela você vai se deparar com isso:


Deixe em branco e continue, isso só é util se você estiver utilizando um proxy, que não é utilizado pela maioria.

Ele vai começar a instalar mais coisa e vai perguntar se você quer fazer parte de um programa de concurso de pacotes onde eles contam os pacotes que são mais instalados pelas pessoas. Isso fica a seu critério.

Estamos quase lá! Aguente mais um pouco! Ele vai perguntar também se você quer instalar uma extensão da virtual box, pode desmarcar e continuar em frente!

E depois ele vai perguntar se você quer instalar algum software adicional. Desmarque tudo!


Ele vai perguntar se você quer instalar o GRUB:


Pode dizer que sim. Ele até configura o dual boot pra você se você fizer em um computador que já tem uma partição com o Windows!

E agora é hora de finalizar a instalação! Ele deve reiniciar a máquina virtual agora. Se você cair na instalação desligue a máquina virtual fechando-a. Caso contrário você deverá vê-lo carregar o GRUB, pedindo pra você escolher se você quer iniciar o Debian normal ou o Single-user Mode.


Pode iniciar normalmente. O segundo é como se fosse o modo de segurança do Windows. Se você deixar vc apenas vai entrar no Linux na tela preta.

Ufa! Terminou!

O próximo passo agora é começar a mexer na tela preta pra instalar a interface gráfica. Vejo vocês na semana que vem!

Nenhum comentário:

Postar um comentário