quinta-feira, 31 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #19

- Então tá. Amanhã eu vou pra academia então de manhã cedo e depois eu vou pra SDRJ, ela fica na biblioteca popular da Tijuca. Cês sabem onde que é? - Flambarda ofereceu enquanto saltavam na Central.
- Negativo. - Disse Sofia.
- Nope. - Respondeu Fabiana.
- Então vocês me encontram lá na academia umas 10:00.
- Mas eu tenho estágio de manhã, Flam. - Bibi reclamou.
- Caralho...
- Não pode ser de noite, Flam? - Perguntou Sofia.
- Sei lá. Eu nunca fui lá de noite. Só de madrugada.
- Porra, madrugada!?
- Ei! Não é você que usa uma luva maluca, tem pesadelos insanos e acorda as 2:00 da manhã querendo resposta pra um monte de pergunta que você nem sabe se tem reposta!
- Eita. - Disse Bibi
- Eita. - Disse Sofia devido ao delay de comunicação.
- É. Pois é. Quem ta se fudendo nessa história sou eu. - Flam continuou.
- Pô, Flam, vamo depois da aula amanhã, vai. - Bibi insistiu.
- Tá bom... Tá bom... Depois não reclama se a gente encontrar o Rodney no meio do caminho.
- Uai o Rodney?
- É. Amanhã eu explico melhor, a Bibi ficou comigo até chegar o meu metrô. - Gritou Flambarda conforme chegava o trem pra Tijuca. - Amanhã depois da aula então, suas vadias.
- Beleza!
- Combinado! - Sofia falou em seguida.

"Não... Elas estão de sacanagem. Elas tem que estar de sacanagem. Elas querem entrar no mesmo buraco que eu me enfiei? Só tenho amiga doida? - Flambarda estava perdida nos próprios pensamentos. Ela colocou as musicas que ela baixou da internet pra tocar no celular enquanto futucava o Facebook pra ver se distraía a cabeça e infelizmente lá estava a notificação de solicitação de amizade do Rodney. - "Esse filho da puta quer me stalkear até aqui!? Vai se fuder!" - Mas ela aceitou do mesmo jeito porque ia ser mais um pra curtir a fotos e no final das contas eles sempre se esbarravam no real mesmo.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #18

Flambarda acabara de descobrir que estava sendo vigiada esse tempo todo, e parece que ela teria que recorrer justamente a quem ela não queria. Fabiana ficava pensando o que ela ia fazer para proteger a amiga porque ela já havia visto o sobrenatural antes, mas como ela poderia pedir proteção a polícia? Ela pediu que Shou organizasse as fotos pra ela apresentar como evidência de que sua amiga estava em perigo, mesmo sem saber se ia conseguir qualquer coisa.

Ja estava ficando tarde e elas precisavam sair. A mãe de Flam já até havia ligado pra ela pois ela se esqueceu de avisar que estava indo na casa do Japa. A ligação foi breve até porque ela ja estava de saída. Ja a tia deu pra elas de graça um pastel com coca-cola porque é uma sacanagem do filho dela deixar as duas damas de barriga vazia, Flambarda havia reparado mas preferiu não comentar o nervosismo das luzes do Japa. Bibi sabia de algo, mas como o celular dele já estava em sua posse, provavelmente havia algo mais.

As ruas daquela área ficavam desertas mesmo a noite então elas pegaram a rua Ibituruna na esperança de ter gente saindo ainda do campus da UVA do maracanã, mas não conseguiram nem tempo disso, pois Flambarda já estava sentindo que alguma coisa ia acontecer antes pois havia um ponto de fuga de luzes, ali perto.

domingo, 27 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #17

Elas foram como lobas atrás de uma presa, sendo Sofia a líder da matilha. Flambarda e Fabiana não faziam a mínima idéia da razão pela qual ela suspeitava tão fortemente do Japa, mas ela certamente teria algum motivo. Ela era meticulosa demais para não fazê-lo.

- E aí, Japa. Tranquilo?
- Fala aí Sofia. - Ele disse, sem tirar os olhos do celular.
- Dá pra olhar pra mim? - Ele o fez, e observou Flambarda e Fabiana por trás dela, mas não esboçou reação e voltou pro celular.
- Olhei.
- Que que tem de tão legal nesse celular que você não pode conversar com a gente.
- Não é da tua conta. - Quando o Japa falou isso, Bibi ficou furiosa e pegou o celular da mão dele.
- Vamos ver aqui... - Ela viu que ele estava conversando no Telegram. - Tu ta conversando com um tal de Jones. Vou mandar mensagem pra ele tá?
- Não! - Ele parecia desesperado. - Me devolve isso por favor!
- Eu não. Posso pensar no caso quando você deixar de ser babaca.
- Qual é? Eu nunca te fiz nada!
- Acabou de fazer, seu merda.
- Devolve aí. Sérião. - Ele dizia com a mão estendida.
- Eu converso com ela, mas primeiro você fala com a gente, tudo bem? - Sofia tentou apaziguar.
- Fala agora! Isso aí é crime!
- Crime vai ser se eu descobrir alguma foto comprometedora aqui! Deixa eu ver a galeria. - Disse Bibi.
- NÃO! Tá bom! Tá bom! O que vocês querem saber?
- Eu quero saber o que tem de foto aqui.
- É cara... Deu mole... - Disse Sofia pegando o celular da mão de Bibi. - Mas ela é uma pessoa legal e não vai sair vendo suas fotos, ok?
- Qual é Sofia!?
- Vaaaamos, todos para a sala enquanto não tem ninguém lá.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #16

A ida para o centro era rápida. Flambarda não teve tempo de terminar o milkshake grande que ela havia comprado. Ela chegou no centro da cidade ainda na metade da bebida até porque a mulher do Bob`s tava com muito mal humor e saiu mal batido pra cacete, mesmo assim, ele tinha aquele gostinho de recompensa depois de tanta coisa estranha que aconteceu na vida dela e ela certamente se recompensaria mais depois porque não pára de acontecer coisa estranha com ela. Chegando na faculdade um pouco mais cedo do que a hora da aula, aproveitou para ligar para Fabiana.

- Alô, Flam!?
- Bibi!
- E aí gata! Como é que foi o final de semana?
- Ih, miga. Foi uma merda.
- Nossa! O que que aconteceu!?
- Porra, Bibi. O tal do Gerson fica me cozinhando, aquele cara lá do hospital do outro dia fica me sacaneando...
- Ah mas que filhos da puta. Quer que eu junte uma galera pra bater neles?
- Nem vai adiantar.
- Por que!?
- Porque senão o Gerson não vai me comer, e o Rain ele vai acabar batendo em todo mundo.
- Tu acha que aquele careca lá vai bater em cinco?
- Vai.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #15

Foi um sonho bom e instrutivo, e ver que ela era capaz de fazer exatamente da forma que o rapaz falou. Ela ficou tão feliz que decidiu que ia na academia hoje. Hoje aquele bando de gostosa sarada não ia casar depressão nela nem por um caralho. Ela botou seu "uniforme"  na mochila, mas foi com a roupa de academia rosa que ela havia comprado há 2 anos atrás. Ela não gostava muito porque essas roupas eram feitas justamente pra acentuar as curvas, ou a falta delas, mas como ela mesmo havia pensado: "Foda-se"

Ela ajudou a mãe a armar a mesa pro café da manhã e fez o desjejum com ela apesar da desavença da noite passada. As coisas estavam indo tão bem que Flambarda até ficou estupefacta quando sua mãe disse:

- Desculpa.
- Pelo que mãe?
- Te assustei ontem com a faca.
- Ah, relaxa, eu que peço desculpas por não conseguir tirar a luva.
- Mas como é que essa luva entrou aí pra início de conversa?
- Olha mãe, eu vou pedir pra você enconstar na parede.
- Por que?
- Porque você vai cair pra trás.
- Até parece que você me surpreende, filha.
- Ok então.

sábado, 19 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #14

Flambarda estava novamente em um campo aberto, só que dessas vez era a noite e diversas luzes como as que ela vê diariamente dançavam pelo ar e pelo céu. - "Graças a Deus!" - Ela já imaginou o que poderia estar acontecendo, pois não fazia muito tempo que ela havia tido aquele sonho estranho com um cara que parecia o Sean Connery. Ele havia se apresentado como Alabáreda mas ela certamente não lembrava o nome dele e essa vez quem estava lá era o Daniel Craig. Só de lembrar daquela foto Flambarda já ficava doida. Pra confirmar ela olhou pra mão e viu que a luva não estava lá. - "Yes!" - Ela comemorou mentalmente!

- Finalmente eu te encontrei, seu puto! - Ela sempre desbocada.
- Eu estive sempre aí na sua mão.
- Ei! Você não tem luzes como todas as outras pessoas! - Realmente não haviam luzes.
- É porque nós estamos em outro plano, Flambarda.
- Mas eu estou vendo...
- Sim, você está vendo a energia elemental dançando pelo ar. - Ele abriu os braços e inspirou como se etivesse admirando alguma coisa. - Não é maravilhoso?
- Maravilhoso é te encontrar, ainda mais nessa forma gato, lindo, gostoso, tesudo...
- Que isso...
- ...Pão, sonho, anjo, desejo, tentação, sexy... Acho que acabaram os nomes... Daqui a pouco eu lembro de mais.
- Você gosta mesmo dessa forma!?
- Tá brincando!? Olha pra você cara! Se eu tivesse um espelho aqui...
- Sei lá, pelo menos é melhor do que ums outras formas que eu conheço.
- E que outras formas que você conhece?
- Pierce Brosnan, Timothy Dalton...
- O primeiro é bom, já o segundo eu nem conheço...

Flambarda - A Detetive Elemental #13

Ela se arrumou do estilo Flambarda encapuçada: camisa vermelha, calça jeans, aquele mizunão, prendeu o rabo de cavalo, vestiu a capa de chuva, pegou um bloquinho de papel e uma caneta, tacou na mochila e foi sair. Avisou a mãe que ia resolver uns negócios lá fora mas que já voltava.

- Você vai sair com essa capa de chuva, filha?
- Vou sim mamãe!
- Filha tá um calor miserável lá fora!
- Sim, eu sei!
- Cê tá passando bem!?
- To sim mãe! - Ela disse enquanto fechava a porta.

Nenhuma atividade das malditas luzes no quarto do taradão do 404, ele provavelmente estava fazendo alguma outra taradice em algum outro lugar. Ela pegou o elevador e desceu normalmente. As coisas estavam tão normais que Gauss ficaria feliz com a forma que os eventos se distribuíam por esse dia, porém Flambarda estava na rua, ela mesmo sabia que isso era um presságio para que alguma coisa estranha acontecesse. Ela removou a capa de chuva antes de sair do prédio porque ela mesma achou que estava estranha demais.

Pra chegar até a delegacia ela precisava pegar o metrô, e até agora ela está preferindo evitar fazê-lo devido a última experiência, fora a possibilidade de encontrar o Rodney. Ela preferiu seguir a pé até a estação. Já fazia um tempo que ela não ia a academia, então essa caminhada devia pagar os próximos hamburgueres que ela já estava planejando comer.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #12

Flambarda precisou agradecer muito a Sofia aquele dia. Afinal o cortador de unhas salvou a vida dela pois ela teve a oportunidade de ajeitar seus dedinhos, apesar de estar profundamente triste pelo que ocorreu, mas profundamente feliz por ter finalmente conseguido dar uns beijos na boca. Quando voltaram pra casa elas ficaram zoando Flambarda mas ela não estava nem aí, zoou pra caramba também e estava doida pra ligar pra ver se marcava de novo pra ver se rolava uns finalmente. Porém, ela sabia que pelas regras da sociedade ela precisava dar um gelinho nele pra dar uma vontade.

Quando ela chegou, sua mãe já estava dormindo. Ela tirou a roupa toda e foi dormir peladona depois de dar uma aliviada no fogo. A luva entrou em chamas novamente mas, ela já não estava nem aí. Ela sabia que a fornalha baixa estava acesa e queria mais ela relaxar mesmo. Ela ia pensar em como ia fazer sexo com o cara sem fazer ele pular de susto depois, agora ela só queria fantasiar mesmo. A noite de sono foi particularmente boa. Fazia um tempo que ela não tinha uma noite tão boa assim.

Mas um novo dia raiou, e como todos nós sabemos, desde que ela pegou a luva os dias não tem sido nem um pouco rotineiros. E certamente a rotina não estaria presente nesse, uma vez que ela acordou mais cedo sozinha, se vestiu e foi lá na cozinha preparar o café enquanto assistia o PEGN com a mãe! O que uns beijo na boca não faz, não é mesmo? Mas ela já tinha um objetivo em mente depois de lavar a louça. Ela precisava cobrar o dinheiro que a SDRJ estava devendo a ela, uma vez que ela solucionou o caso.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #11

Fabiana acordou do transe e saiu correndo para tentar evitar o pior, gritando. - "LARGA ELA SEU FILHO DA..." - Sofia, que parecia um cabide carregando uma mochila e duas bolsas, até tentou alertar. - "Isso não vai dar..." - mas Bibi foi empurrada para trás de volta para perto de Sofia sem nenhum esforço, e ficou com uma cara de bunda gigantesca. Ela pegou o celular e resolveu ligar para a polícia, apesar dos bombeiros provavelmente já estarem a caminho.

Já Flambarda estava presa sendo levantada pelo pescoço por um baixinho que conseguia erguê-la facilmente acima do chão, porém não conseguia muito por causa de sua própria altura, apesar do braço firme. Ela tentou se valer disso para se apoiar e chutá-lo, mas Valdir bloqueava facilmente as vãs tentativas, mas ela ainda estava irada e não ia se dar por vencida. - "Vinte e Cinco é o Caralho!" - e resolveu cravar suas unhas o mais forte que conseguiu no pulso dele. O que fez sentir uma dor excruciante que queimava pelo seu braço conforme a chama queimava na mão dela. Ele a arremessou contra a parede lateral fazendo-a rachar levemente. Ela tentou se segurar nos braços dele com as unhas, mas a força foi tamanha que as unhas o arranharam, porém quebraram no processo, fazendo ele sangrar e urrar de dor como um lobo.

Valdir estava visivelmente puto e certamente não iria conseguir mais ter tanta força com o braço direito, mas ele ainda assim tentou correr para dar mais um golpe em Flambarda que estava caída de joelhos no chão, apenas para escutar um "Rugido do Leão!" e ver Valdir sofrendo um impacto que parecia fantasma em suas costas e o jogou de volta no chão fazendo sua cara arrastar e sangrar pelo piso do shopping.

domingo, 13 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #10

O que Flambarda não sabia era que uma reviravolta já estava para acontecer, e seria no próprio shopping, mas já havia ligado pra sua mãe pra avisar que estava indo pra lá. Elas saíram da estação de metrô e foram andando de mãos dadas porque mulher pode fazer isso sem necessariamente parecer um casal lésbico, apesar da imagem ter povoado o pensamento dos homens fetichistas que passavam por ali. Sofia já estava na porta do shopping ligando para Bibi para saber onde elas estavam, sendo que elas estavam há uns 500 metros.

- Alô, Sofia?
- Cadê vocês, suas putas?
- A gente tá chegando!
- Não perguntei isso!
- Mas a gente já tá chegando. - Flambarda e Bibi pegaram Sofia pelas costas.
- Mas onde, porra!? - E o telefone foi desligado bem na cara dela.
- Aqui! - Disse Flambarda estendendo os braços para abraçá-la
- Aeeeeee, porra! - Ela retribuiu o gesto adicionando os dois beijinhos clássicos dos cariocas. - Hoje é tudo nosso! - E depois ela cumprimentou Bibi da mesma forma que Flambarda.
- E aí, cês tem alguma idéia do que a gente vai fazer?
- Vamo entrar logo, Flam. Lá dentro a gente dá um jeito. Tô com fome, cacete! - E Bibi rebocou as duas pra dentro do shopping.

Sofia também estava arrasante do seu jeito, as 3 com estilos completamente diferentes. Sofia fazia um estilo mais chique com uma saia longa branca florida e cortada, salto anabela, e uma camisa estampada no estilo tomara que caia mas com a alça invisível para evitar o olhar faminto da torcida. O cabelo de sofia era uma trança no mais puro estilo Elsa, só que o cabelo dela não era grisalho, mas também era moreno como o de Bibi. Na visão de quem as vê de frente, Flambarda era a mais alta das três e andava no canto esquerdo. Bibi a mais baixinha ficava no centro e Sofia no canto direito. As luzes de Sofia também brilhavam mas em um tom ciano, as vezes se dividindo em luzes azuis e verde.

sábado, 12 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #9

Depois que Flambarda se tocou. Era sábado, não havia aula naquele dia e sua mãe realmente teve que trabalhar porque vida de empreguete é isso mesmo. Sua mãe não ia fazer almoço hoje então ela ia ter que se virar na cozinha. O problema é que ela não sabia cozinhar, então certamente não ia comer nada gostoso, mas o futuro já chegou, hoje em dia até a laranja já vem descascada, então por que se preocupar né?

O problema é que a laranja não vem descascada no Brasil, então ela ia ter que se preocupar sim. Ela ligou de novo o som, só que essa vez colocou Maiara e Maraisa pra poder curtir a sofrência. Ela sabia que tinha varios miojos no armáro para esse tipo de situação, e ainda havia sobrado mortadela então seria tão fácil quanto dois e dois são quatro, mas ela tinha que resolver inovar porque já ta tudo dando errado mesmo, então pelo menos que desse errado pelos motivos certos.

E foi ela ver na internet como é que se flambava uma banana. Não parecia tão difícil vendo o homem fazendo no vídeo no youtube, mas vamos as prioridades. Ela precisava saber se a mão direita estava em ordem mesmo, então pegou uma faca e foi picar a mortadela fazendo a técnica da dobra, ou seja, dobrou a mortadela algumas vezes, cortou, e colocou a mortadela picada numa cumbuca, ela não tinha colocado a água pra ferver ainda, mas o fez logo em seguida. Esperou ferver, fez o miojo colocou a mortadela e comeu o miojo na panela mesmo ao som de 10%. Obviamente ela não se aguentava e cantava junto.

terça-feira, 8 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #8

- Por que você está tão preocupada?
- Porque isso aqui pega fogo! Isso aqui é perigoso pra cacete! Afinal, tudo que eu fiz até agora foi perigoso pra cacete!
- E se nós lhe dermos 1.000,00 R$? -  Foram as palavras mágicas para mudar o humor de Flambarda que estava quebrada.
- Bom... aí né a gente pode conversar. Mil reais dá pra fazer alguma coisa apesar da inflação.
- Você vai investigar os casos então?
- Eu posso pedir um adiantamento de 150,00 R$? - Disse ela forçando um sorriso.
- Claro! Aqui está! - O homem puxou 3 notas de 50 reais da carteira e Flambarda foi capaz de ver que haviam muito mais, mas preferiu não comentar.
- Muito obrigado! Por onde eu começo?
- E eu sei lá! A Detetive é você!
- Ta de sacanagem?
- Não! Hehehehehe - Ele deu uma risada bastante debochada. Ambos sabiam que ele já sabia de algo e que não queria contar pra ela.
- Então foda-se. Eu vou descobrir e descolar os outros 850,00 R$. Fui!

Decidida a resolver o caso. Flambarda simplesmente se virou e marchou para fora, os outros membros continuaram sentados observando a mulher cheia de atitude sair. Ela já estava bastante nervosa com toda ess situação então ela só queria pegar a grana e sair, independente de onde isso tudo ia a levar, afinal ela estava respaldada por uma sociedade com membros bastante influentes na sociedade como o chefe dos bombeiros! O que podia dar errado?

domingo, 6 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #7

- É só o destino em ação, Flam. - Rodney falou com serenidade.
- É um bicho do capeta, isso sim. - Ela respondeu se levantando. - E pelo visto você sabe alguma coisa sobre eles.
- São Malamorfos. Geralmente são pessoas consumidas pelo "nada".
- Você já enfrentou um desses antes!?
- Já. Nós precisamos purificá-lo antes que seja tarde demais. - Conforme ele disse isso, a criatura vinha novamente em carga, Flambarda viu mais luzes se concentrarem e se tornarem mais brilhantes no corpo dele.
- E como a gente faz isso?
- Primeiro, a gente precisa deixá-lo inconsciente.

Conforme ele disse isso, a criatura já havia desferido um salto em sua direção na tentativa de subjugá-lo, porém ele já estava pronto para o que viesse e acertou um soco em cheio que fez a criatura parar pendurada em seu punho. E como se não bastasse, desferiu com a esquerda um cruzado e finalzou com uma belo Swing que fez o corpo inconsciente da criatura bater e rachar o chão.

Após isso, Rodney tirou um frasco, de dentro de sua jaqueta marrom, contendo algo que parecia ser água luminosa. Ele fez uma pose que parecia ser de desenho japonês, recitou algumas palavras que ela não conseguiu entender e de repente uma espécie de fogo fátuo saiu da água e invadiu o corpo corpo do malamorfo fazendo com que ele tomasse a forma de um ser humano. Ele parecia ser um daqueles pivetes de favela que foi abandonado pela mãe antes mesmo de nascer e o fato do nada ter tomado o corpo ele parecia ser algo particularmente intuitivo.

sábado, 5 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #6

Flambarda estava no banheiro usando apenas lingerie e aquela maldita luva. Ela ficava pensando em como iria tirá-la sem arrancar a mão fora. Se pelo menos ela conseguisse contactar aquela criatura nos sonhos dela novamente, talvez ela tivesse uma chance de descobrir o que fazer. Até porque, quando a criatura estava no sonho ela ela não estava com a luva.

A porta estava fechada, e tudo no banheiro parecia na mais perfeita ordem, execto pelo seu próprio corpo que ela examinava cabisbaixa. - Tô gorda... - Até que subitamente a luz branca que iluminava tudo deu lugar a uma luz vermelha, similar aquelas de laboratório de fotografia, isso começou a gerar um certo pânico e desespero fazendo a luva incendiar instantâneamente com uma chama brilhantes que parecia não conseguir iluminar o recinto. A sua imagem no espelho se metamorfoseava numa cara horripilante sem os olhos, careca, sem o nariz e com um monte de dentões grandes pontudos e horripilantes. A criatura ria com uma risada macabra como se pudesse vê-la e ver o quão patética ela era.

O pânico chegou em seu pico. Ela tentou abrir a porta sem sucesso, e quanto mais ela se desesperava, mais a criatura ria, e ia escurecendo o local. Sem conseguir abrir a porta e imaginando que não teria outro jeito de escapar, ela concentrou toda a energia gerada em um único soco bem no meio daquela fuça. O soco quebrou o espelho em milhões de fragmentos e parecia ter quebrado também a parede, e ela no meio do sonho se viu começando uma queda em câmera lenta em direção a rua.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #5

O Salão parecia mais uma igreja. Um altar bem decorado com uma estátua gigante de uma criatura encapuçada no final. A criatura encapuçada também tinha um katar na mão direita, o que tornava tudo muito mais mórbido ali. Tudo era bem iluminado por luz elétrica mesmo com umas lampadas fluorescentes bem parrudas, e também era possível ver que haviam dois ar condicionados splits ligados na temperatura mínima.

E o cara que estava lá parecia um cara que se misturaria no meio de qualquer multidão, a menos da barba um pouco mais espessa, mas o tênis era Mizuno, a bermuda cargo verde musgo e a camisa regata preta. Além do tênis, nada com uma marca exposta, como se tivesse sido costurado por alguma pessoa. Ele se aproximou lentamente de Flambarda o que a deixou um bocado nervosa, nervosismo esse que foi acentuado pelo lugar e acabou manifestando as chamas da luva.

- Ora ora. Então ela realmente tem um Luvetal.
- Bom, esse era o meu destino não era? - Reclamou Rodney.
- Sim, Rodney. Agora precisamos que ela cumpra o destino dela.
- Ah claro. Ninguém pergunta pra Flambarda se ela quer fazer isso... Muito bem senhores. - Ela bateu palmas sem medo de queimar as mãos, afinal já não havia se queimado esse tempo todo.

terça-feira, 1 de maio de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #4

Flambarda sabia que tinha pouco tempo devido a fuligem que já estava cobrindo o lugar, mas jogou o homem no chão apontou o punho com a luva para ele, apesar de não ter chama nenhuma e o puxou pela gola.

- Quem é você? Responda rápido se quiser ter alguma chance de sobreviver.
- Eu sou Rodney. Eu sou da Sociedade Druídica do Rio de Janeiro. Por favor me salve! - Ele dizia, desesperado.
- E como sabe meu nome!?
- Eu descobri em um dos rituais da sociedade! Me desculpa, não foi minha intenção! Me tira daqui que eu te explico tudo!
- É bom explicar mesmo. Cubra a sua cara com a camisa e vamos embora.

Ela o ajudou a levantar novamente e foi carregando-o para fora. Nisso o seu celular já estava tocando, mas ela não parou pra atender pois precisava sair daquela ambiente antes de fazer qualquer coisa. Não demorou muito para eles chegarem na plataforma da Estácio, onde um pequeno grupo de pessoas se formava e rumava para fora da estação. Os bombeiros já estavam no local pouco depois do ocorrido, e outros funcionários do Metrô Rio estavam lá para ressarcir pessoas.

Já o celular de Flambarda não parava de tocar, era Fabiana que ligava desesperada vendo o noticiário da televisão do buteco que tinha do lado da unversidade. Já era a 5a. ligação.