sexta-feira, 27 de abril de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #3

Dia seguinte de manhã. Flambarda acorda tarde nas suas habituais 9:00 que é a hora que começa Ana Maria Braga. Um programa que não ia fazer quase diferença na vida dela porque ela não cozinhava, apesar de todas as outras reportagens, sendo que no final das contas ela via mesmo pra ficar com água na boca vendo a mulher fazer todas aquelas comidas e pra rir com as tiradas do Louro José.

Ela passa 1h do dia na cozinha comendo cereal com leite, nessa ordem especifica, e vendo o bendito programa. Daí quando acaba o programa é hora de fazer aquela coisa difícil, se arrumar pra ir pra faculdade. Fica ainda mais difícil porque ela lembra que tem amigas e geralmente decide colocar o celular no Viva-voz dentro do banheiro. Por causa disso ela toma banho frio porque a mãe já avisou que a conta de luz vem muito cara pra tomar banho quente.

E ela ainda tinha que contar das amigas daquele sonho de ontem. Fabiana certamente diria um monte de abobrinha sobre o que ela sonhou, por outro lado, Sofia gostava daquela linha de Freud que analisava os sonhos, então fazia todo o sentido ligar pra ela.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #2

- Ta maluca, Sofia!? - Disse Fabiana.
- Não. Oras, a gente não achou nada no Google, então so indo na Deep Web.
- Negativo! - Replicou Flambarda. - Se eu entrar na Deep Web vai vir uns trinta estupradores atrás de mim. Não, não e não!
- Tá, mas e se a gente falar com o Japa?
- Que que tem o japa, Sofia?
- O japa deve saber entrar na deep web pra procurar essas coisas, não?
- Taí... ate que tu não é besta não. - Disse Fabiana. - Eu tenho o telefone do Japa aqui. Vamo ligar pra ele.

Não foi muito difícil. Eram 9 horas da noite e o Japa raramente ficava longe do telefone, mesmo quando estava carregando.

- Alô?
- Alô, Japa? Aqui é a Bibi!
- Ah! Oi Bibi! - Ele estava acordado.
- Japa, preciso pedir um favor seu.
- Eu já imaginava... - Ele disse numa voz arrastada. - O que você precisa.
- Você já entrou na Deep Web?
- Que!?
- Você já entrou na Deep Web? - Ela repetiu pausadamente
- Cê tá doida!?
- Eu não!
- Eu não entro em Deep Web não!
- Tá, mas você sabe como entrar?
- Eu não! - Era mentira ele sabia sim.
- Ah, cara! Fala sério! Tu é Japa! Todo Japa sabe essas paradas!

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Flambarda - A Detetive Elemental #1

Flambarda era uma menina normal cursando a faculdade de administração. Ela veio de uma família de classe média, e gostava de pintar o cabelo de ruivo cor de fogo apesar de ter nascido morena. Ela era caucasiana de 1,74. e tinha um leve volume na barriga também conhecido como gordura. Ela não era a pessoa mais fit do mundo uma vez que adorava um podrão, mas ela tentava ir a academia de vez em quando.

Ela não usava nenhuma vestimenta que chamasse a atenção também. Calça jeans pra evitar olhares, camisa sem manga pra aguentar o calor do Rio de Janeiro, tênis Mizuno branco encardido pra não atrair muitos olhares... A maior característica era o rabo de cavalo típico, o cabelo liso solto só dificultava a vida porque fica caindo na cara. E como toda boa estudante, estava sempre carregando uma mochila com um só caderno, porque quem é que fica anotando tudo que se aprende na faculdade né?

Nada de diferente até um evento abnormal acontecer na sua vida. Ela estava voltando da Universidade no centro da cidade e viu uma luva vermelha jogada no chão, que caiu bem em cima daquela poça de água suja formada pelas gotas que caem dos condicionadores de ar dos prédios. Se fosse uma história real, provavelmente ela desviaria e deixaria pra lá, mas como esse é um conto de ficção, tomada pela beleza bom estado da luva. ela a pegou e a examinou.