domingo, 30 de outubro de 2016

Gyff & Tsumomo #67

- Você sabe que Tsumomo não é apenas forte. Não sabe?
- Bom, ela parece conhecer um dos detetives.
- Pois é. E ela me conhece também, Gyff. - Disse Black Wing, colocando um Katar no pescoço de Gyff. - E eu tomaria bastante cuidado se fosse você.
- Vai me matar?
- Se um amigo, mata outro amigo meu, certamente o primeiro não era meu amigo em momento nenhum.

Foi a primeira vez que Gyff viu BlackWing tão concentrado e pronto para tomar qualquer atitude drástica que julgasse necessária, independente das consequências.

- Ok. Eu não pretendo fazer nada de ruim com Tsumomo. Na verdade eu preciso apenas fingir ter conversado com ela.
- Ah. - Wing começou a baixar o Katar. - Muito melhor assim. Mas por que isso?
- Hawthorne quer saber quem matou a WASP.
- WASP? Havia uma WASP aqui na cidade.
- Sim. E estava sob custódia dos investigadores.
- O que aconteceu.? - Perguntou BlackWing, colocando a última cadeira no local.
- A WASP estava tentando fugir com uma outra pessoa. Eu, Tsumomo e Konvaa estávamos na busca e entramos na batalha em desvantagem.
- Certo.
- Eles pareciam querer levar aquela gueixa mas eles vacilaram por um instante. Eu atirei a minha adaga na esperança de assassinar um deles nesse instante porém ele desviou e a adaga se cravou no peito da outra, que era a que estava sendo mantida em custódia. - Gyff disse, encenando teatralmente.
- Peraí. Você matou uma WASP?
- Sim. A mesma que estava sob custódia.
- E o que aconteceu depois?
- Eu estava cansado, e desmaiei. Acordei no hospital.
- Estranho. Todos voltaram para casa. Aquele homem seria capaz de levar todos vocês, pelo que você me conta.
- Eu desmaiei depois que aquele cara foi embora. Não antes.
- Ele poderia ainda assim carregar qualquer um de vocês pra longe. E você... Não tem mais a adaga, você deveria ter acordado na prisão.
- É, mas eu finalmente te achei. - Disse uma voz feminina entrando no restaurante com passos pesados.


- Vocês sabem no que eu fui treinada. Sabe que eu sou do serviço secreto succubi.
- Sim, Tsumomo. Nós sabemos. - Respondeu Konvaa.
- Uma das minhas missões foi me infiltrar nas WASPs para conseguir obter informações. Até que descobriram o que eu estava fazendo lá. - Tsumomo prosseguiu.
- Você foi capturada!? Como conseguiu sair de lá!? - Lina fez uma cara de espanto.
- WASPs são um grupo mercenário sem qualquer consciência moral.Geralmente são as pessoas que são pagas para fazer algum serviço sujo que nenhum outro mercenário faria. A maioria dos serviços são divulgados pelas tabernas pelo mundo, mas não os desse tipo. Náo estou falando de assassinatos. Isso muitos mercenários fazem. Mas fazer ações que poderiam culminar em guerras, ou simplesmente devastar milhares e milhares de terrenos de agricultura, são coisas que apenas eles fariam.
- Mas como conseguiu sair de lá, Tsumomo. Responda a Lina, por favor. - Konvaa pediu.
- Ah! Desculpa! Eu fui negociada por uma mina de jóias Sparklyn.
- Eles aceitaram isso? Você sabia muita coisa deles. - Perguntou Lina.
- Eles sabiam que eu já havia relatudo muita informação, então pra eles não fazia muita diferença. Eles simplesmente tentaram me desmoralizar me violentando sexualmente. - Lina fez uma cara de espanto, Konvaa continuava o mesmo. - Mas como eu precisei fazer alguns serviços para continuar por la, acredito que eu já não tinha mais nenhum resquicio desse tipo de coisa. Pra falar a verdade, os Succubi disseram que eu nunca tive moral.
- Você consegue estimar o tamanho da organização, Tsumomo? - Konvaa perguntou.
- A organização é grande, mas eu aprendi uma coisa. Ela é dividida em camadas. A maioria das pessoas só vê a casca, que é a primeira camada. São os poucos que são encontrados após bisbilhotar conversas, ou mantém contato com pessoas poderosas e gananciosas. A cada camada a moral se deteriora mais, mas acho que consegui chegar na terceira camada.
- Como você sabe que chegou na terceira, Tsumomo?
- Porque não me mataram. E eu matei muitos pelas WASPs. - Konvaa pensou por um tempo, até que Tsumomo ofereceu os dois pulsos. - Eu sei. Eu escondi isso tudo e eu já devia ter sido morta por tudo o que fiz.

Konvaa levantou-se e deu um tapa muito forte na cara de Tsumomo, que caiu da cadeira rolando no chão. Lina se levantou e pôs a mão no peito de Konvaa, olhando para ele com raiva, pronta para machucá-lo, porem ainda hesitante. Seus olhos nesse momento estavam de uma cor púrpura, o que fez Konvaa dar um passo para trás. Lina, seguiu o passo, pronta para desferir um golpe mágico.

- Não ouse. - Disse Lina.
- Fiz o que precisava fazer. - Respondeu o investigador.

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