segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Gyff & Tsumomo #50

Nota do autor: Nunca imaginei que fosse conseguir escrever 50 pedacinhos da história. Se você um dia conseguiu ler todos os 50. Parabéns! Infelizmente não posso te dar um biscoitinho, mas certamente teremos mais, e provavelmente eu irei gerar uma forma mais corrida de ler tudo o que foi escrito até agora. Obrigado pela sua audiência.

- Konvaa, por que estamos indo ao departamento? - Perguntou Tsumomo.
- Porque é lá que as coisas são resolvidas. - Ele respondeu.
- Podemos ir para uma casa de chá.
- Nossos mundos não se misturam, Tsumomo.

Os três entraram no departamento. O silêncio imperava conforme Konvaa, com um semblante pesado, conduzia os outros três até uma sala com uma mesa e duas cadeiras. Ele fez do próprio chão mais duas cadeiras para que os quatro se sentassem, dois de cada lado. Tsumomo preferiu não sentar deixando uma cadeira vaga. Ela ficava passeando pela sala.

- Tsumomo, Sente-se. - Disse ele, olhando para Higuma que estava na outra cadeira.
- Esse lugar realmente não é amistoso. - Ela continuava andando, ignorando-o.
- Sabemos que você é uma WASP. - Ele passou a ignorar a gueixa. - Já descobri também que você é perita em ilusão. Só falta saber quem era a outra pessoa que estava lá com você.
- Hã? - A ilusionista parecia confusa.
- O problema da ilusão é que como é possível sentir energia mágica, é fácil saber o que é verdadeiro. Pode ficar um pouco complicado porque o nosso sexto sentido é bem mais lento que a visão ou a audição. Então um ilusionista, perante tantas pessoas, certamente não teria muito o que fazer. - Ele fez uma pausa. - Mas você não queria apenas brigar. Você queria ganhar tempo. E juntamente com outra pessoa você fez uma coisa que eu mesmo não esperava: Hipnose. - Então Tsumomo sentou na cadeira rapidamente ao lado de Konvaa.
- Você foi hipnotizado!? Mentira! - Disse a gueixa.
- Tinha mais alguém. Não estava na minha visão mas tinha mais alguém. Eu pude sentir, mas eu preciso que ela coopere.

Higuma permanecia em silêncio. Cowboy, em contra partida, preferiu se envolver na conversa.

- Isso está muito estranho. Isso não explica como a rainha foi raptada do castelo tão facilmente.
- Sim. E o interino não tem se manifestado muito. - Acrescentou o investigador. - A ausência do sr. Hawthorne logo será investigada.
- Galey? - Tsumomo indagou. - Isso não faz sentido. Ele foi uma das pessoas que mais trabalhou para o crescimento de Amaquabá. Você não acha que...?
- Faz todo o sentido. - Cowboy concluiu.


Enquanto isso, Gyff foi escoltado até o mesmo lugar onde estavam os outros depois de fazer uma pequena invasão ao castelo. Ele estava com uma faixa dourada presa no punho direito, e pediram para que ele aguardasse em um local sentado com uma outra pessoa, uma elfa de cabelos prateados que esperava impacientemente que o detetive terminasse sua inquisição.

Eles se olharam por um instante, e depois desviaram os olhares. O silêncio se manteve por algum tempo, até que ele decidiu falar alguma coisa, sem nem ao menos olhar nos olhos dela.

- E então? O que você fez para vir para cá?
- Eu!? Nada. - Ela também não olhava pra ele.
- Você é uma detetive então?
- Certamente não.
- Então porque você não vai embora?
- Porque a pessoa que eu gosto está aí dentro.
- Ah. Que infortúnio.
- Pois é. Ela está sempre metida em alguma espécie de confusão.
- Ah eu sei como é.
- Não, não sabe.
- Sei. Até porque geralmente essa pessoa em confusão sou eu.
- Ninguém está mais afundada em confusões do que ela.
- Sério? Eu posso apostar algum dinheiro nisso.
- Vamos lá. Qual foi o maior problema em que você se meteu?
- Uma investigação envolvendo uma WASP.
- Sério?
- Sério. Ganhei essa, não é?
- Não sei, ainda tenho que descobrir como a minha amiga está.

Nesse momento, um investigador baixinho e de óculos entrou na sala de espera. Ele era diferente dos demais, pois usava uma roupa mais casual. Camisa preta, calça incolor, e botas de couro, mas ainda sim usava um broche com o símbolo da polícia para identificação.

- Seu nome, senhor?
- Gyff. - A essa altura ele já nem se importava mais de dar o próprio nome.
- Venha comigo, por favor.
- Até mais. - Disse o ladino a jovem.
- Até mais. - Ela respondeu dando um segundo olhar a ele, mesmo que não correspondido.

O novo investigador o conduziu até uma sala de inquisição. Como ele já sabia o protocolo, ele sentou na primeira cadeira que já estava pronta na sua frente, mas não esperava ter de aguardar por alguns instantes o homem de óculos que voltou com duas bebidas quentes nas mãos e colocou uma delas logo a sua frente.

- Beba enquanto está quente. - Ele falou.

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