domingo, 8 de novembro de 2015

Gyff & Tsumomo #39

- Mas como você entrou aqui? - Perguntou Tsumomo.
- Pela porta da frente. - Konvaa respondeu.

Quando Konvaa respondeu isso. Gyff rapidamente se moveu e deu um belo soco no peito do detetive, que foi pego de surpresa e não conseguiu esboçar reação, e curiosamente reagiu como se tivesse levado um soco na cara. Gyff socou o inspetor mais duas vezes um pouco abaixo da barriga, e a magia de Higuma se desfez conforme ela cambaleava em alguns passos para trás. Gyff ia acertar um quarto golpe mas a dor do ferimento anterior fez com que ele parasse abrutamente e caísse no chão aos pés.

Tsumomo rapidamente agiu, Ela tratou de suprimir a magia de Higuma antes que esta pudesse se ocultar novamente, deixando-a sem opção além da fuga. A ilusionista saiu do pátio pelo corredor mais próximo e a dançarina foi logo atrás.

Enquanto isso a diretora da academia se preparava para fazer dois movimentos. O primeiro foi criar uma barreira diferente da usual de sua academia. Algo que pudesse prender as pessoas lá. A segunda foi gerar energia supressora o suficiente sobre a academia inteira. Isso fez com que as escadas escondidas se revelassem. A movimentação intensa de energia, fez com que ela desmaiasse, deixando cair o cristal de sua mão direita.

Higuma sacou a adaga com a qual havia ferido Gyff, e passou a tentar atacar Tsumomo tentando cortá-la ou perfurá-la. A dançarina utilizava o seu kimono e dançava graciosamente evitando os golpes, até um momento que conseguiu desviar de um golpe reto segurar o braço de sua inimiga e olhar nos olhos dela. A gueixa, teve um olhar momentâneo de compaixão que foi abruptamente interrompido por uma explosão de energia, que fez seus cabelos esvoaçarem revelando seus chifres de súcubo, seguido por um grito agudo e sombrio. A adaga caiu das mãos da ilusionista e ela se acuou na parede em pânico chegando até a urinar por não ser capaz de se afastar.

Porém a gueixa compadeceu-se. - "O que foi que eu fiz!?" - Ela pensava. E passou a consolar aquela pessoa que fora uma paixão, deitando-a no colo e fazendo carinho enquanto falava "Já passou. Está tudo bem." fazendo as emoções de Higuma se acalmarem, permitindo-as conversar.

- Por que Tsumomo?
- O que, Higuma?
- Por que a Lina?
- Nós nunca fomos tão próximas assim, Higuma.
- Mas por que ela?
- Porque ela é incrível! Você precisaria conhecê-la.
- Mas eu te chamei de volta.
- Era tarde, eu já estava apaixonada.
- Mas eu só queria que nós pudessemos ser amigas novamente.
- Não tem como, Higuma.
- Tem. Eu só preciso de magia o suficiente e...
- Não, querida, não é assim. Magia não faz milagres.
- E quanto os feitiços e sedução das súcubos?
- Eles existem, mas você não pode alterar os corações das pessoas com magia.
- Não?
- Acredite, eles já tentaram.
- Então... Não faz mais sentido...
- O que?
- Desculpa, Tsumomo... Acho que devemos nos separar...
- Eu também e...

Nesse momento, Higuma acerta um golpe no seio esquerdo de Tsumomo, pressionando-o. Ela rapidamente nota o que sua antiga companheira pretende fazer e devolve de um jeito estranho, ela aproveitou o jeito descuidado com o qual foi golpeada e apertou o seio esquerdo de Higuma com apenas os dedos e desmaiou.

Ela passou pelo pátio novamente, e viu Someisa e Gyff desacordados. A arquimaga deitada no centro do pátio e o ladino encostado em um canto. Também viu o cristal no chão e foi buscá-lo. O jovem por outro lado não estava tão desacordado assim, e disse:

- Nem pense nisso.

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