sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Consequências Desastrosas

Gicmaal, um cara normal na medida do possível, estava em uma loja de brinquedos. Sua barba estava por fazer, estava usando camisa preta, calça jeans escura e um tênis branco. Bastante neutro e não é a coisa que diríamos mais amigável, porém o que ele não esperava é encontrar algo tão bobo naquela loja que pudesse prender a sua atenção como aquilo o fez.

Era um brinquedo bobo. Um bichinho de pelúcia que ao ser apertado colocava a língua para fora. Ele apertou o bichinho uma vez, e ele pôs a língua para fora como era esperado. A princípio não era nada de mais, mas ele repetiu e começou a achar o brinquedo engraçado.

Ele só não sabia das consequências de ter descoberto isso.

Algumas pessoas viram ele apertando o bichinho, a língua saindo e a risada subsequente. Era inevitável. Ele repetia o processo e a risada continuava saindo. Um jovem foi falar com ele para tentar tirá-lo desse transe.

- Senhor?

Gicmaal respondeu apertando o bichinho de pelúcia próximo a face do rapaz. Eles riram juntos. Gicmaal comprou o bichinho de pelúcia e seguiu viagem para casa.

Ao entrar no ônibus ele pagou a passagem normalmente. Sentou do lado de uma pessoa meio mal encarada.

- Com licença. - Ele disse
- Opa.

E antes de sentar ele apertou o bichinho fazendo com que o brinquedo mostrasse a língua para o cara mal encarado. Eles riram. Gicmaal sentou do lado dele normalmente. Ele emprestou o bichinho para que o rapaz apertasse, e assim ele o fez, a risada subsequente, como sempre, era inevitável.

O homem mal encarado desceu no ponto correto. Gicmaal perdeu o ponto. Ao olhar para as janelas para tentar descobrir onde estava ele viu um lugar curiosamente pintado de rosa e amarelo e outros tons vibrantes.

Estranho, ele não usa drogas.

Ele sabia que havia alguma coisa errada. Mesmo sendo de noite e as cores não estarem tão escuras, ele não conhecia aquele lugar, e olha que ele já havia errado o ponto desse ônibus outras vezes.

Uma criatura rosa fofinha veio subindo a rua. E parou na frente dele.

- Oi!
- Oi?

E então ela deu a língua para ele. E ele riu, e nem precisou apertar o bichinho!

Ele viu que o bichinho que tinha em sua mão havia desaparecido. Ele viu o ônibus de onde ele descerá desaparecer andando alguns metros a frente como se entrasse em um túnel invisível.

Gicmaal sem querer abriu uma fenda dimensional de tanto apertar o bichinho. Enquanto no mundo real, as pessoas compraram os bichinhos em massa fazendo a produtividade mundial cair pela metade e uma nova crise mundial se instaurar.

Mas pelo menos todos estavam rindo descontroladamente.

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