quarta-feira, 17 de abril de 2024

Aether e Rethea #11

- Por que eu tenho que ir atrás do Aether!?
- Porque ele sabe demonstrar o Teorema de Ceva.
- Não era mais fácil pegar um livro de matemática?
- Não

"Ah, vai se fuder!" - Era o raciocínio de Rethea quando saiu daquela reunião da cúpula. Agora ela só tinha um objetivo, capturar Aether e fazer com que ele demonstre o Teorema de Ceva porque um bando de gente estranha não tá afim de abrir um livro ou olhar na google. Bom, já que era pra enfrentar seu rival, que tivesse algum estilo, mas Aether estar em Paris facilitaria bastante para alguém que vê valores na indumentária européia ocidental. Especialmente no inverno onde ela poderia usar aqueles casacões chiques da Chanel. Só não era original porque até ela entendia que não cabia no orçamento.

Mas o chapéu era.

A visibilidade não estava muito boa naquele dia. Quase como se o inverno gerasse uma névoa que dificultasse a visão de qualquer pessoa. Por debaixo do casaco ela basicamente usava termais e um botão lindo com um saltinho só pra não perder a classe, mas manter a funcionalidade. Rethea não fazia muita questão de se disfarçar, mas pintou umas mechas do cabelo de rosa só pra dar uma alterada daquele loiro platinado padrão dela.

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #74

As meninas se serviram direto da cozinha conforme quiseram. Flambarda e Fabiana fizeram questão da linguiça, enquanto Sofia seguia com sua mentalidade vegana com sua salada e molho chiques. Apesar de ter uma mesinha na cozinha, as três se sentaram juntas no chão da sala com as costas apoiadas em alguma coisa. A anfitirã se apoiava na parede mais próxima da cozinha enquanto as outras duas se apoiavam no sofá, mas a detetive estava certamente mais ao centro. Os anos de cozinha vegana provavelmente trouxeram alguma experiência e a comida tinha um sabor interessante. Até que a campainha tocou.

A jovem empresária foi até a porta, e a abriu sem observar quem era. Um homem pequeno de cabelo e barba volumosos, empurrou Sofia pra dentro para evitar que ela tivesse chance de bater a porta, e ela até tentou, mas ele era bem mais forte que ela e não teve dificuldades para derrubá-la no chão, bater a porta de volta, olhar para Flambarda apontar o dedo e dizer: "Você!" Porém logo em seguida ficou reticente e a detetive olhando para aquela cara fazia um esforço para se lembrar enquanto ele mesmo procurava palavras pra continuar algum discurso que foi interrompido sabe-se lá pelo quê.

- Você! ...Vista uma roupa! Agora!
- Que!? - Flambarda levantou com os braços para o alto, imaginando um assalto, mas visivelmente confusa.
- É! Roupas! Aqui! - Ele foi até as calças mais próximas e jogou pra ela
- Caralho! Que merda que tá acontecendo aqui!? - Ela repetiu, e começou a analisar a roupa. - Pera. Essa aqui é sua Bibi. - E jogou as calças para trás.
- Então cadê a porra da sua calça!? - Ele vociferava. Até que foi interrompido.
- Valdir! - E então ela entrou em uma espécie de postura de luta. - O que caralhos você tá fazendo aqui!?
- Eu vi que aquele otário do Rodney tava vindo pra cá. Enfiei a porrada nele pra tirar aquele merda do caminho e agora é só eu e você!
- Pera! Você bateu no Rodney? - Bibi perguntou por trás de Flambarda.
- Meti a porrada. Vieram atrás de mim, mas eu sou muito mais rápido. Aí na fuga, passando pela rua eu finalmente senti aquela energia de novo... - Ele disse, reticente, olhando para a luva. Que chamou a atenção das outras duas meninas também.
- Você quer a luva? - Flambarda provocou. - Então vem pegar.

sábado, 6 de abril de 2024

Gamergate 2.0 - Porquê Apoiar a Sweet Baby Inc

Eu vou colocar aqui de forma simples usando o francês fluente.

Fodam-se dos GateKeepers


Dê uma voadora na porta e deixe as pessoas entrar, porra!

Não, eu não vou maneirar na linguagem.

quarta-feira, 3 de abril de 2024

Política - Porque é Sempre Necessário

Hoje eu vou falar de política, mas a idéia não é gerar polêmica. A minha idéia aqui é colocar logo na nossa cara, e lembrar volta e meia que eu tenho um viés político também. Mutável, mas tenho, e cada vez mais eu entendo que tudo o que eu falo é política e se eu me coloco de forma meio isenta, eu posso até ser neutro a partir de um determinado ponto de vista, mas na verdade eu to sendo otário. Eu preciso defender os meus direitos e interesses e os direitos e interesses dos meus semelhantes porque se eu pagar de neutro quem tiver o poder pra manipular as opiniões públicas vai fazê-lo e eu provavelmente só vou me dar mal. 



Seguimos com imagens no paint, mas essa demorou uns 10 minutos.

terça-feira, 2 de abril de 2024

Uma Homenagem aos Hiatos

As vezes a gente fica muito tempo sem fazer alguma coisa e acaba abandonando. Tudo bem, podia ser uma coisa que realmente não valesse a pena ser feita, mas as vezes a gente volta àquilo porque pra gente é importante, e talvez a gente não consiga manter a frequência que a gente gostaria de manter naquela atividade só que a gente não deve deixar de fazê-la por causa disso. Que se dane a frequência. Se você precisava de um tempo pra construir uma ponte pra que você pudesse continuar, tá tudo bem.

 


Essa imagem eu fiz no paint 5 minutos antes de continuar o texto, então pode fazer o que quiser com ela.

Em palavras mais curtas: "Não sinta vergonha dos seus hiatos." E na sequência eu vou explicar porquê.

sábado, 23 de março de 2024

Flambarda - A Detetive Elemental #73

- Sabe. Acho que no final das contas é uma lição pra gente aprender a não pegar qualquer coisa do chão. - Disse Flambarda, sentando-se em uma das cadeiras de um vagão quase vazio.
- Ou de que não dá pra lutar contra o destino? - Indagou Fabiana.
- Bom, quando o destino da gente tá sendo escrito por outra mão, realmente é difícil. - Sofia concluiu.

Não tinha muito o que dizer após o fim de assunto dado pela jovem exótica. Talvez se as outras duas lessem mais, porém não era a fonte principal de cultura delas, então ficaram em silêncio pelo resto da viagem, observando as pessoas que entravam e saíam. O Vagão ficava mais e mais cheio, mas não parecia ter nada de errado. Era só gente. A detetive apenas via energia fluindo livremente para um lado e para o outro. Ela ergue a mão direita e a abriu, fazendo com que, na sequência, parecido com o que aconteceu no ônibus no outro dia, energias dançassem ali, quase como se a jovem pudesse canalizar as energias de formas especiais. Ela dançava com a mão e as energias dançavam junto, o que naturalmente gerou questionamentos por parte de suas amigas, que preferiram não desconcentrá-la.

Flambarda agora trouxe a mão esquerda, que passou a dançar junto com a destra com diversos movimentos aleatórios porque ela não fazia a mínima idéia do que estava fazendo de fato, apesar de estar se divertindo. Até que o metrô começou a sair da estação do Flamengo em direção a Botafogo, o que fez com que Sofia e Fabiana se levantassem. A detetive então perdeu a concentração e os elementais tomaram algum outro caminho conforme ela se levantou para seguir o fluxo. Bibi naturalmente perguntou de curiosa.

domingo, 3 de março de 2024

O Cruel Destino de Gaza

Isso não é um texto sobre polêmica. Este texto também não é de exaltação a Palestina e a faixa de Gaza, nem mesmo de defesa ao Hamas e aos grupos guerrilheiros do Oriente Médio. Talvez seja um texto derrotista, mas pode ser que seja um olhar para o futuro.

Acabou. Netanyahu fez aquilo que queria sem a oposição das nações. O objetivo era destruir Gaza e assim o fizeram. Bombardearam e terraplanaram o lugar de norte a sul. Não haverá mais palestines naquele lugar, o objetivo do genocídio foi atingido. Eu vejo páginas e mais páginas, pessoas e mais pessoas tentando demonstrar um apoio individual, que não deixa de ser importante, mas é vazio, não vai muito além do nosso braço, que é muito curto num contexto intercontinental. Não importa o quanto a gente fale, grite ou esperneie, Netanyahu vai continuar o massacre até que não sobre mais qualquer pessoa mesmo que se renda e passe a escravidão.

Mas isso não deve nos impedir de pensar sobre guerras, políticas e tudo mais que nos ronda e que de alguma maneira nos afeta. A destruição de Gaza nos afeta, a guerra da Ucrânia nos afeta, o armistício na Coréia nos afeta, e as constantes guerras na África também nos afetam. As silenciosas guerras das nações africanas. A libertação de Burkina Faso, o massacre do Congo, e tudo mais que acontece na África é simplesmente silenciado por qualquer mídia, seja porque quem domina esses lugares não deixa a mídia chegar, ou seja porque as mídias principais querem que continue assim. Não se fala sobre a guerra no Iemen. Não se fala dos conflitos constantes no Líbano. Se fala muito mais daquilo que afetam as nações que mais tem dinheiro. Milei? Milei ganhou as eleições na Argentina, e por mais que a gente tenha alguma notícia, ela não é pauta de discussão. Venezuela e Guianas? Não era pra estar tendo um conflito por lá? Isso nos remete a uma discussão sobre a mídia o que não é o ponto desse texto.